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Agro Safra Languiru – Evento inédito trata do cultivo e mercado de grãos

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No último sábado, dia 26 de novembro, ocorreu a primeira edição do Agro Safra Languiru. A programação transcorreu em um dos pavilhões da Cooperativa na área portuária de Estrela. Em torno de 200 pessoas acompanharam o evento organizado pelo Agrocenter e setor de Nutrição Animal da Languiru. Produtores rurais, assistentes técnicos e comerciais, gerentes, fornecedores e secretários municipais vinculados à pasta da Agricultura marcaram presença.

Ciclo de palestras tratou do cultivo e do mercado de grãos, considerando que a colheita do milho está próxima e lavouras de soja estão em desenvolvimento. Também foi apresentada a equipe que conduzirá o recebimento e estocagem de grãos na estrutura da Languiru, seguida de visita guiada pelas instalações.

Alto rendimento

O consultor em agronegócio e diretor do Instituto de Ciências Agronômicas (INCIA), Elmar Luiz Floss, explanou sobre “Manejos de culturas para altos rendimentos”. Focando a cultura da soja, ressaltou que se trata da quarta maior produção de grãos do mundo. Observou que apresenta um teor de proteína similar ao da carne e do ovo. “O Brasil é o maior produtor mundial de soja, que se configura na principal geradora de divisas do país”, enalteceu.

Em relação ao milho, apontou que é o grão mais cultivado no mundo e a segunda maior produção do Brasil. Lembrou ainda que é a principal cultura em sucessão com a soja (safra e safrinha). “O milho e o farelo de soja garantem a produção recorde de carne de frango e suíno no país”, acrescentou.

Segundo Floss, a produção de grãos terá que aumentar consideravelmente, em virtude do crescimento da população mundial. Entende que é necessário melhorar a produtividade e o rendimento, seguido do cultivo de novas áreas e redução de perdas de colheita, de transporte e de armazenagem, apontando como grandes desafios os riscos climáticos e sanitários. “A produção de soja terá que dobrar para 600 milhões de toneladas/ano; e a produção de milho para 1,5 bilhão de toneladas/ano”, projeta.

Elencou aspectos que propiciaram a evolução do rendimento por hectare, citou a mecanização agrícola, a correção da acidez do solo, a implementação do sistema de plantio direto na palha, a adubação racional e os progressos genéticos. “Não adianta usar nenhuma tecnologia de manejo em lavoura sem palha. O que confere qualidade ao solo é a matéria orgânica. A palhada, a permeabilidade e a capacidade de armazenamento de água são características essenciais para o solo. Sua análise é a base para um diagnóstico assertivo na distribuição de nutrientes”, frisou.

Floss ainda aconselhou a prospecção de sementes de vigor, diversificação de culturas, adubação de forma equilibrada e atenção à capacidade do solo em reter água. “O déficit hídrico é o maior causador de perdas no rendimento.”

Projeções

O operador de mercado da JF Corretora, Dirceu Thomásio, conduziu a palestra “Perspectiva e análise do mercado de milho”. Revelou que em torno de 70% da produção de milho é consumida internamente no Brasil e, desse volume, 63% é destinado à nutrição animal e 37% processada para alimentação humana e biocombustíveis. ”Na próxima década a previsão é de ultrapassarmos um consumo de 15 milhões de toneladas por ano”, acredita.

Especificou os fatores que influenciam na definição dos preços de venda do milho, citando oferta e demanda, comportamento das bolsas internacionais, mercado internacional de carnes e fatores macro (clima, guerra e políticas intervencionistas). “O grão se transformou em moeda nesse período de transição que vivemos”, disse.

Thomásio lembrou que, entre 2021 e 2022, o Brasil passou a ser fornecedor mundial de milho. Por outro lado, para suprir o déficit no Rio Grande do Sul, advertiu que as fontes de abastecimento são o milho paraguaio e argentino. “O milho argentino sempre é monitorado pelo setor industrial. No segundo semestre de 2021, depois de cinco anos, voltou a ser importado em escala ao Brasil.”

Ela ainda exibiu números sobre as demandas internas de tradicionais fornecedores de proteína animal, mostrou valores de custos de logística, reiterou a necessidade de produzir com qualidade e corrigir problemas de toxinas em todas as frentes. Também aconselhou que os produtores registrem detalhadamente os custos de produção, tenham seguro agrícola, protejam o investimento e invistam em irrigação.

Depósito de grãos

A Languiru conta com infraestrutura para depósito e concede benefícios aos produtores de grãos, especialmente milho e soja. Mais informações podem ser obtidas com o Setor de Atendimento Social do Departamento Técnico da Cooperativa, pelo fone (51) 3762-5647 ou WhatsApp (51) 99678-4176; ou fone (51) 3712-0050 e WhatsApp (51) 99552-5888, contatos da Fábrica de Rações Languiru.

Assessoria de imprensa Cooperativa Languiru

CIC Vale do Taquari

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