País – A cada ano aumenta o consumo de sorvetes no Brasil. É o que mostram as mais recentes estatísticas divulgadas pela Associação Brasileira das Indústrias de Sorvetes (Abis). No ano passado, os brasileiros consumiram 1, 209 bilhão de litros do produto gélido, o que representa um aumento de 76,49% em relação a 2003. Em 2011, o volume era 1, 158 bilhão de litros, o equivalente a 4,2% mais. Tais dados evidenciam que a degustação do alimento se tornou um hábito das pessoas e que os investimentos das indústrias refletem em produtos de qualidade e com solidificada aceitação dos clientes.
No que tange ao consumo individual, também houve incremento de 62,6% no comparativo com 2003. Em 2012 cada pessoa ingeriu 6,2 litros do produto gélido, superando o ano anterior (seis litros).
Para o presidente da Associação Gaúcha das Indústrias de Gelados Comestíveis (Agagel), Nilson Gemelli, este positivo desempenho está atrelado a dois fatores. “O crescimento do consumo de sorvetes no Brasil está diretamente ligado à melhora da qualidade do produto e o incremento da renda dos brasileiros na última década”, avalia.
No entanto, Gemelli observa que a lucratividade das indústrias não acompanha o ritmo do crescimento do consumo. “Analisando os números divulgados pela Abis, verificamos que 72% do consumo está concentrado em embalagens de um e dois litros. Produtos que são muito importantes para o sorveteiro pelo seu volume, porém, a lucratividade nesta linha é reduzida”, entende. Segundo ele, para impulsionar os negócios, os empresários devem diversificar as linhas oferecidas no mercado. São apostas a “leve para casa” e “impulso”.
Sorvete tipo massa desponta na fabricação
O levantamento da Abis também acompanhou o desempenho da produção de três nichos de mercado: sorvetes tipo massa (bufê e pote), picolé e soft (expresso). A variante massa é líder absoluta do segmento, pois detém a maior parcela de fabricação – 875 milhões de litros em 2012 – e o foi a que mais apresentou crescimento frente a 2011. A produção teve elevação de 5,5%. Essa, aliás, é uma constatação que se repete há pelo menos cinco anos, sendo esse o tipo de sorvete cuja produção mais aumenta anualmente.
Já o picolé, ocupa o segundo lugar no ranking em volume de fabricação, com 241 milhões de litros produzidos no ano passado. O tipo soft, embora também registre crescimento na produção anualmente, ocupa a menor parcela do trabalho nas indústrias. Em 2012 foram feitos 115 milhões de litros.