A Associação Gaúcha do Varejo (AGV) vai encaminhar nesta semana o pedido formal de parcelamento de ICMS para o varejo ao governador Ranolfo Vieira Jr. A iniciativa sucede outras tratativas já em andamento, as quais buscam um financiamento em condições favoráveis para o setor, tendo em vista os prejuízos com o fechamento das lojas no período da pandemia. A mobilização conta com o apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Lajeado, que acompanhou a aflição dos empresários locais e reconhece a dificuldade de muitos com as finanças dos negócios. “Foi um período extremamente difícil para o varejo, que tem reflexos até hoje e tenta se reestruturar e crescer”, afirma o presidente Aquiles Mallmann.
Na última semana, representantes da AGV se reuniram com o chefe da Casa Civil, secretário Artur Lemos, acompanhados dos deputados Patrícia Alba, Giuseppe Riesgo e Frederico Antunes. “As empresas tiveram uma quebra forte no fluxo de caixa quando fecharam e ficaram inadimplentes. Estamos querendo possibilitar que todos paguem, mas de uma forma que caiba no orçamento desta retomada”, destaca o presidente da AGV, Sérgio Galbinski.
A questão envolvendo o pagamento de impostos no Rio Grande do Sul carece de melhorias para facilitar a rotina das organizações. Contadora da CDL Lajeado, Aline Isabel Führ, observa alguns dos entraves. “O que temos visto hoje é que o contribuinte até faz o parcelamento, mas por vezes abandona por se tornar muito alto em função do curto prazo. E outras vezes não consegue nem fazer o parcelamento por não ter uma garantia a oferecer”. Para a profissional contábil, as principais necessidades a serem atendidas são um parcelamento simples com mais prazo (superior a 60 meses); uma escala de descontos em juros e multas de acordo com o prazo; e um parcelamento na Procuradoria Geral do Estado (PGE) de 60 meses, sem garantias e sem fiança, que possa ser feito pelo contribuinte diretamente pela internet, como já acontece em Santa Catarina.