Cerca de 50 pessoas participaram do encontro na Câmara de Vereadores, na noite da última terça-feira, dia 27, entre elas, empresários, comerciantes, políticos, agricultores e ambientalistas da região. A reunião foi promovida pela Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT) com apoio da Prefeitura de Muçum.
O objetivo foi socializar a informação, como garantiu o presidente da CIC-VT, Ito Lanius. “Nós viemos aqui para informar à população. A entidade regional quer que as lideranças locais se envolvam também no projeto. Vamos deflagrar um movimento para a construção da hidrelétrica.” O prefeito de Muçum, Lourival de Seixas, também ressaltou que a união de esforços pode fazer a diferença nesse projeto que é fundamental para o desenvolvimento do município.
O diretor de Geração de Energia da Certel, Júlio Cesar Salecker, explicou como está o andamento do projeto para a construção da hidrelétrica que seria a maior do Vale do Taquari. De acordo com a proposta, a usina vai ter capacidade para gerar 79,05 megawatts, energia suficiente para abastecer uma população de 240 mil pessoas. O custo da obra é de R$ 330 milhões.
Júlio mostrou quais seriam os benefícios para a região com a instalação da hidrelétrica:
- Geração de empregos
- Desenvolvimento da economia
- Nova fonte de renda com o turismo
- Compensação financeira pelo uso da água
- Aumento do índice de retorno de ICMS
- ISSQN durante a obra
O diretor destacou ainda que a Certel se interessou pelo projeto, por isso fez o inventário aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2011. Antes disso, em 2008, a cooperativa entrou com um processo na Fepam para conseguir a licencia prévia, mas o projeto para a construção de hidrelétrica foi indeferido pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental em dezembro de 2014. O argumento seria que a usina estaria em local impróprio, sujeito a causar danos ambientais.
A Certel, no início deste ano, entrou com um processo administrativo na Fepam, onde comprovaria que a instituição responsável pelos licenciamentos ambientais cometeu um erro de avaliação. Mas até agora ainda não obteve resposta.
Salecker finalizou o encontro pedindo o apoio de todos para tornar o projeto viável. Ele completou dizendo que uma obra como essa, com todas as licenças aprovadas e desapropriações, demora em média cinco anos para ficar pronta. Então é preciso uma mobilização muito grande para que o estado tenha mais agilidade na liberação de licenças ambientais.