Entidades empresariais de municípios impactados pelo ciclone extratropical se reuniram na tarde desta quinta-feira (14), na sede da Associação Comercial Industrial de Encantado, para solicitar ao governo ações emergenciais. Uma comitiva, formada pelos secretários de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ernani Polo, do Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella e a presidente da Junta Comercial do RS, Lauren de Vargas Momback, recebeu as demandas dos empresários.
Eles ouviram relatos de prejuízos envolvendo empresas de todos os portes, que podem demorar até dois meses para retomar as atividades. Os empresários temem demissões, dificuldades na folha de pagamento e a inviabilização de negócios. O grupo cobrou medidas de auxílio do governo, incentivos fiscais, tributários e linhas de financiamento específicas para os atingidos.
Para Polo é essencial estar perto dos empresários. “É preciso estar em contato direto com essas pessoas, ouvir delas o que necessitam e prestar assistência com as burocracias que surgirem. Essa é a melhor maneira de agirmos de forma mais assertiva e rápida, que é o que o momento pede”, salienta. Ele também destacou que negócios de todos os portes serão atendidos: “além de focar nos micro e pequenos negócios, é preciso discutir também linhas para as grandes empresas, que empregam muitas pessoas”, explicou.
Diagnóstico das perdas na produção industrial
Durante o encontro o grupo traçou estratégias para fazer um inventário das perdas causadas pelo ciclone extratropical para as empresas da região. Muitas associações comerciais já iniciaram, por conta própria, esse diagnóstico, mas a intenção é padronizar essa apuração. O Sebrae, com apoio das entidades empresariais e prefeituras, elaborou um formulário para apurar os prejuízos. O documento deve apontar o número exato de funcionários impactados, quais as principais necessidades e o tamanho do prejuízo.
O presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari, Ivandro Carlos Rosa, destacou que a entidade, juntamente com as associadas, está buscando alternativas para mais rapidamente restabelecer os negócios. “ Tem sido desafiador, pois temos visto e ouvido muitas propostas e afirmações, e na prática recebemos auxílio dos voluntários e doações. Temos que ter estratégias para buscar o máximo possível de opções para atender as mais variadas empresas. ”
A gerente regional do Sebrae, Liane Klein, explicou que é preciso auxiliar os negócios. “Nós percebemos que cada cidade afetada estava montando pesquisas de mapeamento das dificuldades das empresas, e o Sebrae compreendeu que poderia contribuir com o mapeamento, com uma pesquisa que pudesse ser compilada por município e região. E a partir disso, termos como definir a aplicação dos recursos. “
O formulário está sendo aplicado e na próxima semana, a secretaria de Desenvolvimento Econômico RS estará coletando os dados nessa força-tarefa com o Sebrae, prefeituras e entidades empresariais. Em Muçum, serão dois dias de coleta de dados. Depois o roteiro segue para Roca Sales, onde a pesquisa está mais avançada, na sequência Arroio do Meio e Encantado. No fim do mês, o roteiro segue para Lajeado, Estrela, Cruzeiro do Sul e Bom Retiro do Sul. As empresas que ainda não informaram as perdas, podem procurar as associações comerciais locais.
O diretor-geral adjunto da Sedec, Roger Pozzi, ressaltou a necessidade do diagnóstico. “ O Estado precisa ter conhecimento do tamanho do problema, para saber qual a ação que o governo deve priorizar, como por exemplo, linhas de financiamento específicas.”
Serviço:
Sua empresa teve perdas na produção por causa da enchente?
Informe a entidade empresarial local para a região ter um diagnóstico completo dos prejuízos
Uma força tarefa vai percorrer os municípios impactados.
Confira a programação:
Dias 18 e 19 de setembro (segunda-feira e terça-feira) – CDL Muçum
Dia 20 de setembro (quarta-feira) – CIC Roca Sales
Dia 21 de setembro (quinta-feira) – ACIE- CDL Encantado
Dia 22 de setembro (sexta-feira) – Acisam e CDL Arroio do Meio