Paralisados desde 28 de junho, os servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) aguardam a contraproposta do governo federal para as reivindicações feitas pela categoria. Enquanto isso, o Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Rio Grande do Sul (Sicepot/RS) anuncia que alguns efeitos desta greve já “afetam gravemente” as empresas envolvidas nas obras de duplicação em andamento.
A falta do pagamento das faturas dos serviços deve ser a principal razão para a interrupção dos trabalhos nos canteiros de obras. Na última semana, as máquinas continuavam operando, na BR-386, e o Consórcio Conpasul/Iccila não divulga se vai parar.
Segundo o diretor executivo do Sicepot/RS, Ricardo Portella, há débitos abertos desde o mês de abril. “As empresas não suportam mais esta carga de prejuízo, mas vai caber a cada uma a decisão de parar os trabalhos ou não.” O diretor acrescenta que o sindicato espera uma solução definitiva, o mais breve possível, para que o quadro não se agrave. “Esperamos que as partes se entendam. Até agora, o Dnit era o único departamento neste país com andamento nos projetos, e esta greve veio atrapalhar tudo”, reclama Portella.
Além da 386, devem sentir o impacto as duplicações da BR-448 (Rodovia do Parque), em fase final; da BR-116, entre Guaíba e Pelotas, e do Contorno de Pelotas, iniciadas há cerca de um ano; da BR-290, entre Eldorado e Pantano Grande; e BR-158, Contorno de Santa Maria, que devem ter início no segundo semestre deste ano.