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Barbaças para transportar contêineres estão em falta no RS (Foto: Frederico Sehn/Arquivo)

Empresa suíça que colocar o Porto de Estrela em operação em fevereiro

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A ausência de embarcações para o transporte de contêineres no rio Grande do Sul é a pedra no caminho da navegação pelo Porto de Estrela. A estrutura, devolvida à gestão do Estado, está “em dia”. A hidrovia, mantida pela Administração das Hidrovias do Sul (Ahsul), está navegável. Só faltam, agora, as embarcações.

Segundo o diretor de Hidrovias da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) do Rio Grande do Sul, Cristiano Nogueira da Rosa, a dificuldade está na falta de barcaças para transportar contêineres no Estado. “Durante muito tempo, o Rio Grande do Sul abandonou essa modalidade de transporte, e as empresas que fabricam esse tipo de embarcação não estão mais aqui.”

Rosa conta que os estaleiros mais próximos, que oferecem esse tipo de barcaça, no calado ideal do porto, estão em Santos, no litoral de São Paulo. “Hoje, quem transporta grãos no Estado utiliza o modo a granel. O investimento suíço quer transportar em contêineres”, frisa.

Pressa

Conforme o diretor da SPH, o empresário, que conhece a estrutura do porto desde setembro do ano passado, quer começar a operação logística em fevereiro. “Nem que seja para fazer a conexão por trem e caminhão ou vice-versa. O transporte fica mais caro, mas a empresa tem pressa em começar a transportar pelo nosso modal.”

O administrador local do porto, Antônio Carlos Busnello, também procura por empresas armadoras – que detêm as barcaças – para navegação em Estrela. Recentemente, Busnello esteve no Maranhão fazendo contatos para a atração de embarcações para a região.

Relembre o caso

  • O Porto de Estrela foi inaugurado em 1977. O espaço tem capacidade de armazenar 30 mil toneladas de grãos em seus silos, à margem do Rio Taquari.
  • Dentro das hidrovias fluviais do Estado, ele é o “fim” da linha das cargas. Depois do Porto de Estrela não há nova conexão com o sul do Rio Grande do Sul.
  • Junto à estrutura do porto, existe a conexão com a malha rodoviária, pela BR-386, e com os trilhos da ferrovia, o que faz do local um modal de tripla ligação com transporte de cargas.
  • A garantia de navegação passa pela qualidade da profundidade do rio, que deve ser, o ano todo, de pelo menos 2,5 metros de profundidade. Por conta das características hidrográficas, é necessário que as embarcações respeitem essa profundidade máxima para conseguir navegar.
  • O Porto de Estrela pertence à União, porém, em um terreno de 40 hectares do Estado. Em 2014, a sessão de uso foi repassada ao governo do Rio Grande do Sul, por meio da atuação da SPH.

CIC Vale do Taquari

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