A Emater/RS-Ascar apresentou na sexta-feira, dia 13, na Associação Atlética Brasilata, em Estrela, balanço das atividades realizadas pela Instituição durante o ano de 2013, na região administrativa de Lajeado. O evento contou com a participação do secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR/RS) Ivar Pavan, do presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar, Lino De David, do diretor técnico Gervásio Paulus, da diretora administrativa Silvana Dalmás e do presidente da Associação dos Servidores da Ascar, Osvaldo Guadagnin.
Com 55 municípios em sua região administrativa, o escritório regional de Lajeado atendeu mais de 20 mil famílias de agricultores familiares, indígenas, quilombolas e outros públicos durante o ano de 2013. Ao apresentar os dados, o gerente regional Luiz Bernardi ressaltou as ações nas áreas de agroindústria, com o assessoramento para a implantação e ampliação de 75 novos empreendimentos; crédito rural, com mais de 11 mil projetos elaborados e qualificação por meio do programa Leite Gaúcho da SDR/RS, que beneficiou mais de 1,3 mil bovinocultores de leite.
Outras ações, como as que envolvem a Chamada Pública da Sustentabilidade, que beneficia 800 famílias dos municípios de Arvorezinha, Anta Gorda, Progresso e Putinga, e as ações voltadas à segurança e a soberania alimentar, que envolveram duas mil famílias, também foram lembradas. Para Bernardi, o resultado positivo é fruto do empenho de todos que se envolveram com o planejamento estratégico regional. “O que foi alcançado até agora é resultado do esforço, do comprometimento e da competência de vocês”, disse, dirigindo-se ao grupo de mais de 150 empregados que acompanhava a atividade.
A diretora administrativa Silvana Dalmás destacou o aumento do orçamento da Emater/RS-Ascar, que será de cerca de R$ 300 milhões em 2014, somando-se o aporte de recursos da SDR/RS, de chamadas públicas e dos municípios. Em relação aos três primeiros anos de trabalho, dentro das políticas do atual Governo do Estado, foram R$ 21 milhões em investimentos na infraestrutura, R$ 2,2 milhões em melhorias para os escritórios municipais e R$ 2 milhões aplicados em programas de capacitação e qualificação dos empregados, além da ampliação da força de trabalho em mais de 500 vagas. “Todos esses investimentos só ocorreram por conta do empenho de todos para que os resultados fossem atingidos”, observou.
Filantropia
O presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar Lino De David valorizou o empenho dos empregados da instituição em trabalhar pela emancipação do público em vulnerabilidade social. “Não devemos confundir assistência social, que envolve o trabalho da Emater, com o assistencialismo, que é o processo que faz com que as pessoas fiquem dependentes da miserabilidade”, disse. Sobre a questão da filantropia, tranquilizou o público assistido, ao garantir que a Ascar não irá fechar. “Hoje a filantropia da Ascar não é o tema deste ou daquele órgão e sim o tema de toda a sociedade, preocupada com o futuro da agricultura e do desenvolvimento do nosso Estado” enfatizou.
Em um dia destinado ao balanço das ações no ano de 2013, o secretário Ivar Pavan garantiu ser a assistência técnica como política pública, pensando no desenvolvimento econômico e social do RS, é um dos melhores investimentos já feitos pelo Governo do Estado. “A Emater, por meio de seus esforços, deu condições para muitas famílias passarem o Natal com mesa farta, com alegria, se sentindo incluídos na sociedade, como pessoas iguais as outras” afirmou. Para Pavan, saber que milhares de agricultores familiares adquiriram, por meio do trabalho, o direito de confraternizar, é um motivo a mais para que todos comemorem no final do ano.
Sobre o tema da filantropia, garantiu ser justa a sua manutenção para a Ascar, enquanto Instituição que não visa ao lucro, não distribui renda, prestando assistência técnica para o meio rural de forma gratuita. “Se tirar milhares de famílias da miséria não é ser social, o que será?” questionou. Para o secretário, o fechamento da Instituição pode representar o abandono do público assistido. “A sociedade já está mobilizada. São 58 anos de trabalho e de desenvolvimento social e isso nos dá a confiança para que sigamos empenhados nessa luta” garantiu.