O II Fórum Internacional de Agronegócio 4.0, promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul (AHKRS), com o apoio da Cooperativa Languiru e parceiros, reuniu mais de 200 pessoas em Teutônia no dia 28 de novembro. O ciclo de palestras e debates apresentou cases e novas tecnologias para a cadeia produtiva.
Relação robotização e sucessão rural
O engenheiro agrônomo Rafael Garcia, gerente de sistemas de ordenha robotizada da empresa DeLaval, abordou o tema “A robotização na pecuária leiteira contribuindo para a permanência na atividade”.
“Com as margens cada vez mais apertadas na produção de leite, é fundamental produzir mais com menos. O robô é uma ferramenta para produzir de forma mais rentável. Além disso, a facilidade do trabalho acaba atraindo as novas gerações”, frisou Garcia.
Para ele, o robô representa qualidade de vida para o produtor rural, que deixa de ser “escravo das vacas”. “A robotização é uma verdadeira revolução no campo”, concluiu.
Qualidade, segurança e rastreabilidade
“Rastreabilidade digital dos alimentos e bebidas na era da transparência” foi tema da palestra da engenheira de alimentos Katherine Helena Oliveira de Matos, consultora para temática de rastreabilidade digital da SIG Combibloc.
Ela referendou que Languiru e SIG lideram o processo de transformação digital na cadeia de alimentos e bebidas. “Existe o entendimento dos benefícios que essa tecnologia pode promover, indo muito além da necessidade e exigência do cumprimento de requisitos regulatórios”, defendeu.
Conforme Katherine, a rastreabilidade digital gera conexões e engajamento. “O uso da tecnologia, como no caso da Languiru com o QR Code, é uma oportunidade de contar a história do produto, atendendo um novo perfil de consumidor que valoriza as empresas que comunicam a sua história, que mostram a forma como seus produtos são produzidos, sendo mais transparentes”, exemplificou.
Silagem, novo conceito
O diretor regional da Claas para América Latina, Leandro Henz, apresentou o Shredlage na palestra “Tudo pela vaca – um novo conceito de produção de silagem”, tecnologia que vem ao encontro da eficiência produtiva e bem-estar animal. “É uma inovação da Claas, que faz a pulverização do grão. Isso significa que o amido que a vaca terá disponível para a produção de leite já estará trabalhado. Aumentamos a produtividade de leite em até dois litros por dia, fazendo mais com o mesmo milho”, resumiu.
Quanto aos reflexos no bem-estar animal, Henz explicou que “a vaca rumina melhor e, consequentemente, terá um estado clínico melhor”. Criada nos Estados Unidos e disseminada para a Europa, é uma tecnologia nova no país, sem valor de investimento significativo na máquina.