A Cooperativa Languiru está habilitada a utilizar o Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar (SIPAF) em produtos nos segmentos de laticínios, aves e suínos. A credencial é fornecida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e foi publicada no Diário Oficial da União no final do mês de agosto, tendo validade de cinco anos.
O SIPAF é uma importante conquista da agricultura familiar, sinal identificador de produtos, que tem por objetivo fortalecer a identidade social da agricultura familiar junto aos consumidores, informando e divulgando sua significativa presença na produção de alimentos, bebidas e artesanato. “O selo busca identificar os produtos que tenham em sua composição a participação majoritária da agricultura familiar, dando visibilidade às empresas e aos empreendimentos que promovem a inclusão econômica e social dos agricultores, gerando mais emprego e renda no campo. E nisso se enquadra a Cooperativa Languiru, reconhecida pelo seu trabalho em prol da sustentabilidade econômica, social e ambiental nas comunidades onde está inserida”, destacou o delegado federal do MDA no Rio Grande do Sul, Marcos C. Regelin, em visita à direção da Languiru na manhã de 17 de outubro para anunciar e entregar certificado de habilitação da cooperativa para utilização do selo.
Ele esteve acompanhado da consultora da Secretaria da Agricultura Familiar e do MDA, Mônica Batista de Souza, que explicou os trâmites para que a Languiru obtivesse a permissão de uso do selo em seus produtos. “É uma grande honra conhecer esta cooperativa. Acompanhando os documentos que foram enviados para esta habilitação, não tinha ideia do que a Languiru representa para seus associados, para os produtores da agricultura familiar. A utilização do selo por parte de uma cooperativa nos dá a certeza de que os agricultores não ficarão pelo caminho, considerando seu histórico de relevantes serviços prestados à sociedade”, revelou Mônica.
Qualidade Languiru
O Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar vem reforçar o trabalho desenvolvido pela Cooperativa Languiru ao longo de 59 anos de atividades, primando por produtos de qualidade e contribuindo para a qualidade de vida e permanência das famílias no meio rural. Esta identificação soma-se a outros parâmetros e certificações, que atestam a qualidade da cadeia produtiva, desde a matéria prima até o processo de industrialização e comercialização dos produtos Languiru. Entre esses ainda está o Selo Carbono Neutro, que reflete a preocupação ambiental da cooperativa e leva essa reflexão aos consumidores nas embalagens dos produtos da Indústria de Laticínios.
“Este selo de identificação da agricultura familiar, além de atestar o trabalho de cunho social desenvolvido pela Languiru, permite que a cooperativa prospecte novos mercados, apresentando-se como diferencial mercadológico nas negociações de políticas públicas”, destaca o coordenador administrativo da Central de Vendas da Languiru, Felipe Mallmann.
Presidente e vice-presidente da Languiru, Dirceu Bayer e Renato Kreimeier, respectivamente, também receberam os representantes do MDA e agradeceram pela concessão de uso do selo. “Certamente esta identificação fortalece a marca Languiru e a agricultura familiar da nossa região. Isso tem um significado muito especial para a ‘Família Languiru’, o que nos motiva a dar continuidade aos projetos em andamento e planejados para os próximos anos”, destacaram.
Por ocasião da visita, a consultora do MDA ainda conheceu as instalações e o processo de produção na Indústria de Laticínios e nos Frigoríficos de Suínos e Aves da Cooperativa Languiru. Ainda participaram da recepção aos representantes do Ministério, o diretor administrativo Décio Leonhardt e a auxiliar administrativa da Central de Vendas Simone Haas Unnewehr.
O SIPAF
A agricultura familiar é responsável pela produção da maioria dos alimentos consumidos diariamente pela população brasileira. Aproximadamente 59% dos suínos, 58% do leite, 50% das aves e 47% do milho, entre outros produtos que integram uma diversificada cadeia produtiva, têm origem na agricultura familiar.
Entre os benefícios da utilização do Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar, destaque para o estímulo à expansão do comércio de produtos oriundos da agricultura familiar, nos quais estão implícitos valores como sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental, valorização cultural e desenvolvimento local, garantindo o direito do consumidor de saber a origem do produto que consome.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário concedeu 987 permissões de uso do SIPAF no Brasil, para 9,7 mil produtos, com a habilitação de 324 organizações cooperativas, beneficiando cerca de 113 mil agricultores familiares. O modelo brasileiro tem servido de exemplo para outros países do Mercosul que buscam esta identificação de produtos de origem na agricultura familiar.