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Evento ocorreu na Associação dos Funcionários da Cooperativa Languiru (Foto: Éderson Moisés Käfer)

Languiru destaca perspectivas do agronegócio e sucessão familiar

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Mais de cem pessoas participaram na última quinta-feira, dia 03, do 4º Encontro de Jovens Associados da Cooperativa Languiru. O evento foi realizado na Associação dos Funcionários da Languiru e teve por objetivo motivar e valorizar os jovens produtores rurais que compõem o quadro social da cooperativa. A programação contou com ciclo de palestras e lançamento do Programa de Sucessão Familiar da Cooperativa Languiru.

Cooperativismo e desenvolvimento

O primeiro a conversar com os jovens foi o engenheiro agrônomo Paulo Roberto da Silva, que abordou o tema “A importância do cooperativismo no desenvolvimento local e regional e na permanência do jovem no meio rural”.

Para Silva, o cooperativismo está diretamente relacionado com o nível de desenvolvimento dos cidadãos e suas comunidades. “Ao longo dos anos o cooperativismo tem sido o modelo que mais prestigia a vida e o ser humano, que se perpetua diante das crises e apresenta a melhor estrutura para que possamos ter um outro modelo de vida e desenvolvimento”, disse, elogiando a iniciativa da Cooperativa Languiru com o encontro, oportunidade para “troca de ideias”.

Paralelamente a isso, enfatizou a importância da capacitação. “Se não formos capacitados, não vamos a lugar algum. E muito disso a Languiru tem proporcionado aos seus associados, estimulando a participação efetiva para a sustentabilidade do cooperativismo, oportunizando a geração de trabalho, emprego e garantia de renda.”

Silva ainda salientou a necessidade das cooperativas trabalharem sua base social, referindo-se especialmente aos jovens associados. “Em qualquer lugar, quem faz as coisas acontecerem são as pessoas. E se as pessoas não forem trabalhadas e conscientizadas, todo esforço e busca pelo desenvolvimento ‘caem por terra’. A base do cooperativismo educa, capacita, conscientiza, organiza e mobiliza. As cooperativas são organizações promotoras do desenvolvimento, com responsabilidade social, têm influência direta, sendo consideradas extensão da propriedade do associado que, ao mesmo tempo, são proprietários da cooperativa”, concluiu.

Desafio dos jovens

O engenheiro agrônomo e mestre em Agronegócios, Dieisson Pivoto, falou sobre “Perspectivas e desafios dos jovens na sociedade, agronegócio e cooperativismo do século XXI”. Iniciou sua explanação enaltecendo a economia e desenvolvimento regional. “O Vale do Taquari tem muito a ensinar para todo o Estado”, afirmou.

O palestrante focou sua apresentação nas diferenças entre a geração atual e dos pais dos jovens de hoje, na constituição da sociedade atual, na sucessão familiar, no gerenciamento rural e no papel da cooperativa nesse contexto.

Especificamente no que se refere ao relacionamento entre diferentes gerações numa propriedade familiar, Pivoto defendeu o diálogo. “Nós, jovens de hoje, fomos formados em contexto distinto dos nossos pais. O momento histórico é outro. Por isso o mais importante é o diálogo e a compreensão. Os jovens precisam ouvir os pais, aproveitar o que eles têm a oferecer, e contribuir com novos conhecimentos, em especial de tecnologias.”

Sobre a sucessão familiar no campo, avaliou a situação como primordial para o sucesso da atividade rural. “É chegado o momento de pensar a sucessão não apenas como herança de posse da propriedade, mas da gestão da propriedade. Os jovens precisam participar desse processo.”

Pivoto igualmente elogiou o trabalho da Languiru. “A cooperativa oferece assistência técnica, garantias de mercado, formação continuada, propicia troca de experiências e programas de desenvolvimento do quadro social. Nesse contexto os jovens precisam se envolver, participar da tomada de decisões dos pais. O futuro está em nossas mãos, precisamos transformar a sociedade, participar da comunidade, das cooperativas e fazer a nossa parte”, concluiu.

Programa de Sucessão Familiar

O consultor em gestão de empreendimentos rurais e em pesquisa, Lucildo Ahlert, apresentou o Programa de Sucessão Familiar da Languiru, iniciativa que irá trabalhar a formação gerencial de sucessores da agricultura familiar da cooperativa. “Me sinto feliz em poder contribuir, entro neste projeto com a razão e o coração. É uma iniciativa que oferece aos jovens associados da Languiru uma formação específica para auxiliá-los a administrar a propriedade rural e a cooperativa, um avanço de profissionalização”, resumiu Ahlert.

A proposta tem por objetivo desenvolver conhecimentos de gestão com jovens produtores rurais cooperativados e gerar informações gerenciais por meio da implantação de sistemas informatizados de gestão de custos em propriedades, para análise e discussões, na área de abrangência da cooperativa, com o intuito de capacitar novos empreendedores rurais na gestão de negócios agropecuários existentes e auxiliar na promoção da sucessão nas propriedades rurais.

Conforme o professor, o programa pretende auxiliar os jovens associados a fazerem seus próprios projetos, com ajuda dos profissionais do Departamento Técnico da Languiru. “Nosso futuro será o resultado das nossas opções e ações do presente. Esta proposta pode definir um futuro diferente para os jovens que apostam e buscam a realização de seus sonhos. Queremos formar profissionais de resultados e com qualidade de vida.”

O curso, gratuito, está dividido em módulos, conciliando teoria e prática, com encontros mensais. O período de inscrições será de 14 de outubro a 22 de novembro, no Departamento Técnico da Cooperativa Languiru ou com os profissionais do setor.

Languiru mais jovem

O presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, falou da importância dos jovens. “Este trabalho com os jovens associados da Languiru está baseado na perenidade da cooperativa. É a realização de um sonho antigo, num novo momento da Languiru. Acreditamos no potencial dos jovens e buscamos cada vez mais a sua participação e envolvimento nas atividades das propriedades rurais e na cooperativa da qual são donos.”

Conforme Bayer, “estamos construindo juntos uma Languiru melhor e maior para todos. Para isso precisamos evoluir e buscar a profissionalização constante na cooperativa e nas propriedades rurais”.

O vice-presidente Renato Kreimeier lembrou a redução da idade média do quadro de associados da Languiru, que passou de 58 para 49 anos. “Os jovens são o futuro da Languiru, é por vocês que passa a nossa cooperativa nos próximos anos. Hoje, 75% da produção da Languiru vem de propriedades com associados que possuem menos de 50 anos de idade.”

Sobre o Programa de Sucessão Familiar, Kreimeier reiterou a importância da qualificação. “Acreditamos muito na profissionalização e, para isso, precisamos estudar, ter conhecimento e relacionamento com as pessoas. Só temos lideranças no meio rural graças aos estudos.”

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