Em 25 de janeiro deste ano, o consórcio que executa a obra de duplicação da rodovia BR-386, no trecho entre as cidades de Estrela e Tabaí, anunciou a paralisação da obra por falta de recursos por parte da União. A notícia de que faltaria dinheiro para o andamento da obra, em tese, poderia prejudicar a conclusão da aldeia caingangue, erguida em terras indígenas em Estrela
Conforme o arquiteto Leandro Eckert, responsável pela execução da obra da nova aldeia, a meta da empresa é concluir o trabalho em até duas semanas. As 29 casas e o Centro Comunitário já são ocupadas desde o fim do mês de agosto de 2015. Apenas os prédios da escola e do quiosque para a venda de artesanato ainda estavam em obras.
O ritmo acelerado no canteiro de obras durante o ano de 2015 garantiu a finalização, quase que por completo da obra ainda no ano passado. Já o aditivo do contrato previa a entrega definitiva da aldeia em 31 de março de 2016, no entanto, a projeção da empresa é concluir todo o trabalho final de infraestrutura até o dia 15 deste mês.
Relembre o caso
- A obra foi orçada em R$ 8,5 milhões. O espaço terá 29 casas, uma escola, um local destinado a reuniões e uma casa para comercialização de artesanato.
- A construção da aldeia, mais afastada do trecho por onde passa a duplicação da BR-386 é uma exigência da Funai para ceder o terreno que é de propriedade caingangue.
- No dia 25 de janeiro de 2016, o Consórcio Conpasul/Iccila parou as obras de duplicação da BR-386, por falta de recursos. Apenas R$ 3,3 milhões haviam sido liberados pela União para a realização da obra durante 2016. Porém, o valor seria suficiente somente para um mês de trabalho.
- Conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) não há previsão de retomada dos serviços, nem de encaminhamento de novos recursos. Depois de 66 meses de obras, R$ 180 milhões já haviam sido gastos na duplicação de 25 quilômetros da rodovia e para as obras na aldeia caingangue.