Uma comitiva da Terminal Multiusos do Beato, de Portugal, esteve, na última quarta-feira, dia 20, no município para aprofundar as tratativas para operação do Porto de Estrela. Desde o início do mandato o prefeito Carlos Rafael Mallmann vem trabalhando com a possibilidade de a iniciativa privada operar o modal, que hoje está sob a responsabilidade da Companhia Docas do Maranhão (Codomar).
Em seu ápice na década de 70 o Porto chegou a transportar um milhão de toneladas de grãos por mês pela via fluvial. No entanto, a falta de investimentos e a não diversificação na captação de cargas levou o espaço ao declínio, restando hoje praticamente apenas o transporte de areia, produto de baixo valor agregado. “Não é admissível um monstruoso investimento federal, uma estrutura de 42 hectares e tudo isso parado, sem gerar riqueza para Estrela e para o Estado”, declara Mallmann.
O Chief Executive Officer (CEO) da TMB, José Barardo, disse que se concretizarem-se os negócios a empresa fará um investimento de cerca de R$ 300 milhões para viabilizar a operação. Ressaltou que a escolha do município e do RS é estratégica. “Além da língua que nos aproxima, o RS é um estado de destaque no Brasil e enxergamos Estrela como estratégico na logística de cargas fluviais”, enfatiza. Além do potencial econômico da região, Barardo disse que os recursos fluviais do Estado podem ser melhor explorados. A TMB atua com terminais em cinco portos no mundo, entre o de Lisboa, em Portugal, de Huanda, Angola, Costa do Marfin e Cabo Verde.
Concomitante a visita, o Governo de Estrela trabalha junto ao Governo do Estado e Federal nas questões burocráticas pertinentes a parceria público privada ou privatização.