A ação é voltada aos associados da entidade que aderem à proposta, iniciativa é realizada desde setembro, em parceria com empresas de vigilância
Cristiane Lautert Soares
cristiane@informativo.com.br
A Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Bom Retiro do Sul desenvolve, desde o início de setembro, o projeto Cidadão Mais Seguro, em parceria com as empresas Águia Monitoramento e Falcon Monitoramento. Exclusiva para os associados da entidade, a iniciativa tem o objetivo de zelar pelo comércio e pelos clientes.
Do quadro social da Aciab, que conta com 100 sócios, mais de 50 já aderiram à proposta. Um deles é Thiago Jasper, gerente farmacêutico da Farmácia Bom Retiro. O estabelecimento, que era alvo de roubos, contava com monitoria particular. “Mas o custo era muito alto para se pagar sozinho”, comenta. Para ele, além de ser mais em conta para o orçamento, o projeto oferece mais tranquilidade aos comerciantes, que precisam trabalhar de ‘portas abertas’.
“No último assalto, tivemos um prejuízo de mais de R$ 1, 5 mil, entre dinheiro, celulares e joias. Todos estavam trabalhando sob pressão. A proposta surgiu da necessidade”, conta. Das 8h às 20h, dois vigilantes cedidos pelas empresas de monitoramento fazem a zeladoria dos estabelecimentos que integram o projeto. “Isso inibe a ação criminosa”, comenta o gerente farmacêutico.
Em motocicletas, os vigilantes ficam atentos a comportamentos suspeitos e a veículos com placas de outras cidades. Quando percebem alguma situação fora da normalidade, podem acionar a Brigada Militar.
Comandante da Brigada Militar de Bom Retiro do Sul, o sargento Rivelino Jaques Peixe observa que a zeladoria patrimonial geralmente é voltada às residências. “No comércio é mais raro.” Para ele, toda iniciativa criada para ajudar é importante. O comandante lembra que a atuação da BM é voltada para toda a sociedade. “Qualquer cidadão que nos acionar, vamos averiguar, dentro das nossas possibilidades, já conhecidas por todos.”
Investimento
De acordo com o presidente da Aciab, Roberto Carlos de Quadros, o custo orçado do projeto é de R$ 11 mil por mês. “É alto, e ainda não temos a cobertura total, mas não desistimos.” Associados à entidade podem aderir. Para isso, além da mensalidade, é cobrada uma taxa que varia de R$ 50 a R$ 100, dependendo do porte da empresa.
A manutenção da iniciativa fica por conta da entidade e dos associados participantes. “É um projeto-piloto. Testes e atividades que possam melhorar o trabalho podem vir a acontecer, dependendo dos recursos e possibilidades que surgirem”, diz o presidente da entidade.
Saiba mais
Segundo as estatísticas da 1ª Companhia do 40º Batalhão de Polícia Militar (40º BPM), de Estrela, em 2015, foram registrados 13 roubos a estabelecimentos comerciais em Bom Retiro do Sul; em 2016, até 8 de setembro – um dia antes da implantação do programa -, haviam ocorrido oito.
Fernando Dias/divulgação
ZELADORIA: de motocicleta, dois vigilantes monitoram os estabelecimentos