Porto Alegre, 27 de novembro de 2017 – Na Sondagem Industrial de outubro, divulgada nesta segunda-feira (27) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), alguns indicadores apontam que a recuperação da indústria gaúcha começa a ganhar força. A produção (54,8 pontos) foi a maior para o mês desde 2013 (55,7), e aumentou ante o mês anterior (46,5). Ao mesmo tempo, o emprego ficou estável (50,4 pontos), no melhor resultado para o mês em sete anos. “O crescimento na produção, juntamente com a da intenção dos empresários em investir nos próximos meses, sinaliza para a continuidade de um processo de evolução em curso”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.
Mesmo que a ociosidade na indústria do RS persista, ela se revelou menor na Sondagem de outubro. O grau médio de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) subiu dois p.p. entre setembro e outubro e chegou a 68%. Já o indicador que avalia a UCI em relação à usual (44,3 pontos) atingiu o maior valor desde março de 2014. Outro indicador a apontar para uma melhora foi o dos estoques de produtos finais. Com 49,2 pontos, caiu em relação a setembro e continuou próximo ao nível planejado pelas empresas (51,2 pontos).
EXPECTATIVAS – Este cenário mais favorável apresentado na Sondagem Industrial amplia as expectativas da indústria gaúcha para o futuro. É a primeira vez desde 2013 que no penúltimo mês do ano os empresários projetam aumento da demanda (54,4 pontos) para os seis meses seguintes. O índice de exportações (53,3) mostrou que parte deve ser suprida pela demanda externa. Em consequência disso as empresas pretendem aumentar as compras de matérias-primas (52,7 pontos). Já o indicador de emprego previsto (49,3) em novembro, se ainda não projeta expansão, ao menos é o valor mais alto para o mês desde 2012.
O levantamento realizado pela FIERGS também detectou a disposição da indústria gaúcha de elevar seus investimentos nos próximos seis meses. Os 51,6 pontos foram o maior valor do índice desde janeiro de 2015, e acima da média histórica de 47,1 pontos. Mas a decisão de investir ainda é baixa e está de uma forma geral associada a dois fatores: à confiança do empresário e à ociosidade nas fábricas. Portanto, a fase inicial da recuperação não deverá ser acompanhada de forte reação dos investimentos.
A Sondagem Industrial de outubro foi realizada entre 1º e 14 de novembro, com 255 empresas (64 pequenas, 93 médias e 98 grandes). O indicador varia de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam expectativas de aumento e valores abaixo de 50, expectativas de queda. Para a intenção de investimentos, quanto maior o índice, maior a propensão a investir.
CIC
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