Dos 1.028 quilômetros de rodovias contempladas no contrato do governo do Estado, 220 estão no Vale do Taquari. Uma comitiva formada por empresários da região e integrantes da diretoria da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC Vale do Taquari) esteve nesta quarta-feira (22), na secretaria de Governança e Gestão Estratégica. O grupo cobrou que a duplicação/alargamento das rodovias da região entre para as obras rodoviárias prioritárias do Estado.
O secretário Claudio Gastal informou que caberá ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a execução dos estudos técnicos necessários para conceder à iniciativa privada. Esse trabalho deve durar entre 10 meses e 1 ano. Depois desse processo, inicia a fase de audiências públicas.
O presidente da CIC Vale do Taquari, Pedro Antonio Barth afirmou que a entidade bem como os empresários querem ajudar na construção da nova modelagem. “Nossa linha é de cooperar com o processo que o Estado está realizando. Queremos uma melhor Infraestrutura para nossa região. Estamos trazendo sugestões e buscando entender o andamento. As concessões dando certo, teremos estradas melhores e isso é bom para todo mundo.”
O presidente da Vale Log, que integrou a comitiva Adelar Stefler reclamou dos gargalos na infraestrutura que acabam gerando um custo enorme e impactam na produtividade. “Um caminhão parado no trânsito arrancando toda hora não chega a fazer 200 metros com um litro de óleo diesel onde poderia estar fazendo 1,7 até 2 quilômetros.” Gilberto Picinini, presidente da Cooperativa Dália Alimentos acrescentou “o maior custo não é o valor, e sim o tempo que perdemos por causa do atraso de carga e de funcionários, além dos acidentes.”
Já o diretor da entidade, Oreno Ardemio Heineck advertiu para Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) e Relatório Técnico de Vistoria Ambiental (RTVA) elaborados em 2012. Na época os documentos apontaram para a duplicação dos trechos entre Venâncio Aires- Lajeado, Lajeado- Encantado e o alargamento da estrada entre Encantado e Muçum. Os empresários lutam pela inclusão de mais um trecho. “Queremos ainda a duplicação da RSC 453 trecho entre Estrela e Teutônia devido ao intenso movimento de veículos.”
Outro assunto abordado foi a implantação da cobrança eletrônica de pedágio dentro do pacote de concessões. O diretor de infraestrutura da CIC Vale do Taquari, Leandro Eckert defendeu que adoção da cobrança em postos físicos está ultrapassada. “É preciso inserir essa cobrança que é mais justa para quem utiliza a rodovia pedagiada”. Mas o diretor-presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Urbano Schimitt afirmou que a implantação não é tão simples como parece. “Seria preciso uma mudança na legislação federal para garantir a cobrança.” Gastal também manifestou interesse pelo assunto e garantiu que vai estudar bem o assunto.
Por fim, o grupo entregou um convite para o secretário palestrar aos empresários, lideranças e comunidade do Vale do Taquari em reunião-almoço. Claudio Gastal informou que tem interesse, mas não estipulou uma data. O evento está pré-agendado para março deste ano.
A audiência em Porto Alegre foi articulada pela Federasul, através do vice-presidente regional Renato Lauri Scheffler e Rafael Goelzer, vice-presidente de Integração da Federasul. Os dois vão acompanhar o processo de modelagem. Participaram da reunião os seguintes nomes da região:
Pedro Antonio Barth – Presidente da CIC Vale do Taquari
Ivandro Carlos Rosa – Vice-presidente da CIC Vale do Taquari
Renato Lauri Scheffler – Vice-presidente regional Federasul
Leandro Eckert – CIC Vale do Taquari
Adailton Cé – CIC Vale do Taquari
Oreno Ardemio Heineck- Diretor da CIC Vale do Taquari
Gilberto Piccinini – Cooperativa Dália Alimentos
Adelar Steffler – Cooperativa Vale Log
João Carlos Scheibler – Serraff
Genesio Evanir Kamphorst – Bremil
Pablo Vinicius Trasel /-Centralsul
Ricardo Heineck – Docile