Frentes de atuação se dividem entre associados e comunidades. Flexibilizações, prorrogações de pagamentos, linhas de crédito e doações fazem parte das iniciativas.
Não é só dinheiro, é ter com quem contar. O novo posicionamento do Sicredi é aplicado de forma concreta e real neste momento pós enchente pelo qual passa o Rio Grande do Sul e as 11 cidades que integram a área de atuação da Sicredi Integração RS/MG no Vale do Taquari. Desde os primeiros dias da tragédia climática que assolou a região, a cooperativa de crédito se mobiliza para estar ainda mais próxima dos associados, buscando resolver caso a caso as necessidades diversas apresentadas. E para atender de forma ampla, a Sicredi Integração RS/MG definiu duas frentes: associados e comunidades.
Via SMS e Whatsapp foram encaminhadas mensagens a todos os associados para identificar os que precisavam de ajuda. Mais de cinco mil retornaram com algum tipo de demanda, as quais receberam atenção de forma personalizada. “O que buscamos foi dizer ‘estamos aqui, contem com a gente’. E as pessoas nos retornaram não só com pedidos, mas também com agradecimentos, sensibilizados pela nossa forma de agir”, destacou o diretor de negócios, Fabrício Diedrich. O entendimento de que as necessidades não são todas apenas de crédito conduziram o trabalho direcionado para as demandas. Em termos de prorrogações, foram 370 solicitações atendidas, representando R$ 51 milhões em saldos prorrogados.
No que se refere ao agronegócio, onde tem leis governamentais que enquadram as prorrogações, essas foram imediatamente priorizadas por terem juros subsidiados, totalizando até o momento 273 parcelas e mais de R$ 3,3 milhões. Em outra área, que abrange empresas que renegociam dívidas de operações contratadas através do BNDES Refin, o valor se aproxima de R$ 8 milhões considerando as parcelas que teriam vencimento em maio.
A Sicredi Integração RS/MG também criou uma linha de crédito com condições diferenciadas para quem foi impactado de forma direta, oferecendo prazos adequados à cada situação. Da mesma forma, a cooperativa se preocupou com os associados com dificuldade no pagamento da fatura do cartão de crédito, viabilizando o parcelamento com juros menores para não aumentar o nível de endividamento. “Nossa estratégia em todas as situações é tentar facilitar, tirar a burocracia e agilizar soluções. É um trabalho que será contínuo, o qual está longe de ser finalizado porque é importante um acompanhamento. É importante ouvir o que as pessoas passaram, ser alguém para confortar e também apresentar alternativas ou aconselhar de forma a minimizar os riscos”, afirmou Diedrich,
Solidariedade
A solidariedade é parte fundamental do trabalho realizado desde o começo de maio. Além de garantir a segurança dos colaboradores e prestadores de serviços, a preocupação inicial foi servir de apoio para o que os moradores das comunidades atendidas mais precisavam, desde água para beber até a internet. Conforme a diretora executiva, Graziela Reis Bogorni, “o empenho de todos os colaboradores está sendo fundamental e exemplar, seja nas tarefas internas ou no voluntariado que é tão importante”. Ela explica que através de um comitê interno, e com uma rede de contatos estabelecida nos 11 municípios, a Sicredi Integração RS/MG auxilia as comunidades. As doações de alimentos e produtos de higiene recebidas através de um movimento coletivo com outras cooperativas são direcionadas a quem precisa, bem como já estão em análise os casos de instituições que necessitam de recursos financeiros, como é o caso da segurança pública, saúde e educação. Para fortalecer essas ações, as doações voluntárias via Pix podem seguir sendo feitas para o e-mail ajuders@sicredi.com.br .
Os mantimentos, que chegam de Minas Gerais e de vários cantos do Brasil, são alocados num amplo pavilhão e destinados às localidades que mais precisam. A diretora de operações, Liviane Bald, também destaca o esforço no restabelecimento rápido do atendimento nas agências, já que quase todas foram afetadas. A que mais sofreu impacto foi a de Cruzeiro do Sul, mas também já está em operação, “A gente sabe o que associado precisa e queria estar pronto para ajudar. Estávamos sem comunicação e isso foi algo que conseguimos resolver em alguns locais, sendo fundamental para muitas famílias”, avaliou. Todas seguirão abertas e próximas dos associados, buscando identificar as novas necessidades que esse período de reconstrução vai exigir da população, entidades e empresas. “Reforçamos que estamos à disposição, que os associados procurem as agências para que possamos auxiliar nas reivindicações de cada um”, finalizou.