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TEUTÔNIA- FÓRUM COOPOP

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2ª edição aborda a força conjunta para recuperar o Vale do Taquari

Ariana de Oliveira

No mês do cooperativismo, o Grupo Popular realizou, na tarde desta terça-feira (16/7), a 2ª edição do Fórum Coopop, com o tema “O associativismo e o cooperativismo serão as forças para levantar o Vale do Taquari”. O grupo mantém o seu compromisso com a comunidade, através de discussões sobre cooperativismo e associativismo. Em 2024, o fórum promoveu diálogo entre as instituições diante das catástrofes de maio.

A abertura foi realizada pelo diretor e jornalismo do Grupo Popular, Lucas Leandro Brune. A programação considerou as sugestões da avaliação aplicada na edição de 2023. Na sequência, foi feita a leitura da Ata do 1º Fórum Coopop.

“Toda empresa de qualquer porte
tem sempre muito a contribuir”

O encontro teve como palestrantes a coordenadora do Arranjo Produtivo Local (APL) Alimentos e Bebidas, Aline Eggers Bagatini, e o presidente da Dália Alimentos e conselheiro da ACI-E, Gilberto Piccinini. Aline palestrou sobre a importância de estar associado a um APL em tempos de crise. Ela retoma a trajetória da construção do APL Alimentos e Bebidas do Vale do Taquari, reforçando a união entre as empresas de todos os portes.

“Com pequenas coisas a gente pode fazer um mundo melhor, e primeira pessoa com quem eu falei foi o Ivandro [Carlos da Rosa], que incentivou, pois acredita no potencial do Vale do Taquari. Reunimos um grupo para discutir o que poderíamos fazer para a região. Nosso propósito é incentivar todos empresários, que as empresas tenham sustentabilidade e competitividade de mercado”, diz Aline.

Os benefícios de um Arranjo Produtivo Local são, justamente, a integração entre as empresas e o compartilhamento de informações e das experiências entre as mesmas. As discussões são inúmeras, do acesso às informações às medidas tomadas diante das crises. Além disso, há estímulos à inovação de novos produtos e o trabalho em conjunto entre os empreendimentos. O fortalecimento das relações entre as empresas e empresários. As reuniões do APL são mensais e a presidente chama a atenção para o engajamento entre os associados nas reuniões.

OLHO “São laços firmes construídos entre as pessoas e empresas, todos querem contribuir”

Enquanto coordenadora, Aline reforça a importância da inovação e de estar a par das tendências de mercado e dar espaço para que todos possam compartilhar suas vivências. Fazem parte deste grande grupo 52 empresas do Vale do Taquari, que têm coragem para seguir cooperando e inovando.

“De tudo que eu tenho feito, o que me dá mais prazer é participar do APL, encorajar os empresários. No arranjom o empresário vai encontrar um espaço para trocar e estar unido”. O APL é um exemplo de um dos princípios do cooperativismo, que é a intercooperação em busca da construção e prosperidade das suas comunidades como um todo. A união é o que proporciona o crescimento em conjunto e a transformação do Vale do Taquari no Vale dos Alimentos, diz Aline.

“O coletivo pensando junto possibilita
que a gente saia de qualquer crise”

Por sua vez, Gilberto Piccinini abordou como a Cooperativa Dália encarou a crise da proteína animal e enfrentou duas enchentes. Para o empresário, o conhecimento torna-se base para as tomadas de decisões e a participação junto aos associados é fundamental ao crescimento coletivo de todos. “Em uma associação, todos são importantes e devem ter força e empenho para seguir. Nós precisamos de todas as pessoas”, enfatiza.

O presidente da Dália reforça que as experiências de outras localidades e países é imprescindível à prosperidade coletiva, na conquista de novos mercados e ampliação das empresas. “Tudo é erro e acerto, mas são desafios que a gente vai enfrentando”, reforça. A cooperativa superou a crise da proteína animal a partir de decisões assertivas nos moldes das decisões diante da pandemia de covid – 19. E as crises seguiram com a espiral de estiagem e com a guerra entre Rússia e Ucrânia, que impactou fortemente os mercados, especialmente o de proteína animal.

“Fizemos previsões de cenários, vimos que era a hora de tirar o pé do acelerador. Reduzimos os abates de suínos e de frangos. Buscamos a industrialização das carnes para agregar cada vez mais valor”, explica Piccinini.

OLHO “Quando mais se compartilha o poder, mais sua empresa vai crescer”

Uma das estratégias que a empresa segue até hoje é o controle de gastos e custos, bem como a formação de grupo especializado para lidar em momentos de crises e mitigar perdas. Piccinini ressalta que, dentro da empresa, o foco da gestão é agregar valor aos produtos. A Dália trabalha o cooperativismo para além da empresa, através da Escola do Leite, em parceria com o Colégio Teutônia, que está disponível on-line, pois “temos que facilitar a vida dos associados e compartilhar conhecimentos”.

Além disso, a cooperativa promove o Encontro de Mulheres, que abrange mais de 100 municípios, os programas Jovens Dália e Formação de Lideranças, e apoia o Instituto do Câncer Infantil. São iniciativas que Piccinini elenca como ações que contribuem com toda a comunidade.

“É hora de se doar. Temos a oportunidade de falar e ajudar todas as pessoas. Compartilhar o conhecimento é prazeroso e importante. O coletivo pensando junto possibilita que a gente saia de qualquer crise”, reforça.

Grupo de trabalho

Após as falas, os participantes formaram 16 grupos de trabalho para debater e gerar respostas a quatro questões levantadas pela mediadora, a professora e integrante do Grupo de Cooperativismo da Univates, Fernanda Wiebusch Sindelar. As questões foram norteadas pelos princípios do cooperativismo e associativismo.

Os participantes foram instigados a elaborar soluções para o fortalecimento do cooperativo/associativo na região e engajamento de mais pessoas, especialmente jovens; como evitar que interesses pessoais se sobreponham aos interesses coletivos e na manutenção da transparência; programas de desenvolvimento e educação que as cooperativas podem oferecer às suas comunidades; e, por fim, como a intercooperação pode contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades. Na sequência, foi realizada a leitura do resumo da segunda edição do Fórum Coopop.

O projeto e o Fórum Coopop têm o patrocínio de Sicredi Ouro Branco RS/MG, Reinigend Tecnologia em Higienização, Certel e Sicoob São Miguel e apoio da CIC Teutônia.

Grupo Popular

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