O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) estima que, em 2016, o desempenho do setor seja estável e fique próximo de 67 milhões de toneladas de rações, o mesmo volume registrado no ano passado. Segundo o órgão, no acumulado de janeiro a setembro, a demanda por rações totalizou pouco mais de 50 milhões de toneladas, uma evolução de apenas 1%.
O destaque do período foi a cadeia produtiva de suínos, com incremento de 3,4%, o maior índice do setor. “A partir de então, o ritmo da demanda foi mais lento, mas deve superar 3,5%, em 2016”, afirma Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações. Por outro lado, a avicultura (corte e postura) foi a mais afetada e deve encerrar o período com queda de 11% no consumo de ração.
Para 2017, ele acredita que o consumo de ração animal apresente leve recuperação, alcançando 69 milhões de toneladas, estimulado, principalmente, pela queda dos preços do milho que, em sua opinião, devem ficar abaixo dos valores registrados neste ano.
Zani aposta na recuperação da avicultura de corte: “O setor é o mais maduro, o mais tecnificado e o mais pulverizado sob o ponto de vista das exportações. Já a pecuária de corte recuou bastante em 2016, mas deve recuperar as perdas em 2017.”
O CEO do Sindirações recomenda cautela para o setor, pois um evento climático poderia frustrar as perspectivas de uma boa safra de milho, como ocorreu em 2015/16. “Além disso, as instabilidades políticas no Brasil e no mundo podem provocar outra forte oscilação cambial, a exemplo do ocorreu nos últimos dois anos, favorecendo as exportações do cereal”, analisa.
“A expectativa de crescimento do setor depende da recuperação da economia brasileira, do comércio internacional, da confiança do empreendedor e do consumidor brasileiro”, reforça o executivo.