A taxação de energia solar, proposta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de 60%, tem sido assunto frequente nas reuniões da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale de Taquari (CIC Vale do Taquari). O tema apontado pelo diretor de Infraestrutura da entidade Leandro Eckert, que está preocupado com uma possível mudança no sistema atual. Na época, a diretoria da CIC Vale do Taquari buscou apoio técnico para ter um melhor embasamento.
O documento encaminhado ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e ao senador, Luis Carlos Heinze deixa claro que a entidade é contrária a taxação, visto que o novo modelo regulatório pode causar um retrocesso ao segmento e inviabilizar a geração distribuída no país. O ofício ressalta ainda os benefícios da geração distribuída solar fotovoltaica, que permite aos brasileiros gerar e consumir a própria energia limpa, renovável, em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e pequenos terrenos.
A preocupação dos empresários é em relação as alterações no sistema que incluem a cobrança pelo uso da rede elétrica e a suspensão gradual de subsídios, formas de desestimular investimentos em energia renovável. De acordo com o presidente da CIC Vale do Taquari, Pedro Antonio Barth, a entidade foi pioneira na região em liderar esse assunto.
A intermediação política só foi possível graças ao apoio do secretário Parlamentar da Câmera Federal, Felipe Diehl. Ele entregou a demanda da CIC Vale do Taquari no mês passado, em Brasília. O assunto voltou à tona no domingo à noite, 5 de janeiro, quando o presidente da República, Jair Bolsonaro declarou nas redes sociais que solicitou aos presidentes da Câmara Federal, Rodrigo Maia e do Senado Federal, Davi Alcolumbre a votação do projeto de lei, em regime de urgência, proibindo a taxação.