A proteína animal está presente em 98% das mesas brasileiras, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Proteína Animal, mas esse setor, um dos mais expressivos do país, está em crise. No Vale do Taquari a dificuldade é maior para o segmento de carnes, especialmente das indústrias ligadas à produção de aves, suínos e lácteos. A perda da competitividade do Rio Grande do Sul frente a outros Estados, a alta carga tributária, os juros altos, o elevado custo dos insumos e de produção estão entre as dificuldades enfrentadas pelo segmento.
O presidente da CIC Teutônia, Renato Lauri Scheffler, que faz parte da diretoria da CIC VT, é o coordenador do Grupo Técnico Cadeia da Proteína Animal, criado pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul. Segundo Scheffler, o movimento visa buscar o apoio dos governos federal e estadual diante da crise. Ele afirmou que já foram realizadas reuniões com a Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados, Secretaria Estadual da Agricultura e a Famurs. “ Nós queremos sensibilizar também os prefeitos para que eles entendam que a situação do setor de carnes e leite é realmente delicada.”
Scheffler alertou que se não for feito nada para auxiliar o segmento empresas correm o risco de fechar ou diminuir a produção. “ É preciso o apoio do poder público para a revisão do corte de créditos presumidos e das regras do Fator de Ajuste de Fruição (FAF), que concede incentivos às agroindústrias que adquirem insumos fora do estado, além de medidas para enfrentar as as dificuldades provocadas pelas constantes estiagem.”
O grupo coordenado pelo Renato ainda pretende lutar para que o governo federal libere linhas de financiamento para capital de giro, de longo prazo, com taxas de crédito rural.