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Crise no agronegócio -Alta no preço da saca de milho e de soja ameaça à avicultura e suinocultura

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Importante componente na formulação de rações, o milho disparou no mercado doméstico. Dados do CEPEA mostram que o preço médio real da saca de 60 kg de milho passou de R$ 70,02 no período de janeiro a março de 2020, para R$ 88,33, no mesmo período de 2021, um aumento de 26,2%. Em maio o preço já ultrapassa os R$ 100,00.

No encontro virtual, coordenado pela Câmara da Indústria Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC VT), lideranças gaúchas ligadas aos dois setores discutiram os riscos que essa crise pode gerar como desemprego, redução drástica de produção e possibilidade de fechamento de agroindústrias.

Segundo o presidente Executivo da Dália Alimentos, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, está inviável produzir frango e a suinocultura segue pelo mesmo caminho. Ele afirmou ainda que o milho brasileiro é o mais caro do mundo, de acordo com pesquisas. “É mais barata a importação do milho do que repor estoques com milho brasileiro. O RS é estado que mais deve sofrer com isso, pois estamos longe dos centros de produção e de centros consumidores.”  Outro problema relatado é o preço do frete que também encarece os custos.

Por causa da crise, a Cooperativa Languiru está reduzindo um turno de abate. O presidente da cooperativa, Dirceu Bayer estima um grande prejuízo. “A perda por quilo de frango chega a R$ 2,00.   E agregado a isso ainda temos os altos investimentos que foram feitos nos últimos anos no setor.”

O presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV), José Eduardo dos Santos informou que redução na produção é uma forma encontrada para diluir o aumento dos custos. Ele reclamou da morosidade do governo em atender os pleitos da avicultura como suspensão temporária do PIS e Cofins sobre as importações.  “É o momento de se buscar uma solução que realmente dê um resguardo ao setor.”

O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos – SIPS RS João Goulart ressaltou as incertezas políticas, sanitárias e climáticas envolvendo o setor. “O governo precisa apresentar uma solução para esse setor que gera tanto emprego direto e indireto, e traz tantas divisas para o país. No ano passado o volume exportado de carne foi de 8,5 bilhões de dólares.”

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA, o frango em 12 meses teve um aumento de custo de 43,3 % e as empresas conseguiu repassar apenas 26,6% desse valor, uma defasagem bastante grande entre o aumento de custo e o que o mercado pode absorver.

O diretor executivo da SIPS RS, Rogério Kerber explicou que não é possível repassar o custo para o consumidor em função da perda do poder aquisitivo causado pela crise da pandemia.

Lideranças regionais sindicais também temem o pior com o fechamento de aviários e redução na produção de suínos. O presidente da Amvat, Paulo Cezar Kohlrausch manifestou interesse e preocupação, por isso, vai abordar o assunto na assembleia da entidade.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Edson Brum, o Presidente do Conselho de Administração da Dália Alimentos, Gilberto Piccinini, além de Marcos Hinrichsen, Regional Sindical Vale do Taquari, Mauro Lui – Regional Sindical Serra do Alto Taquara, Liane Brackmann Vice coordenadora da Regional Sindical Vale do Taquari e Presidente do STR Teutonia/Westfalia, Astor Klaus Presidente STR Arroio do Meio e o presidente da CIC VT, Ivandro Rosa participaram do encontro virtual realizado na quarta-feira (5).

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