Você já parou para pensar de onde vêm as verduras, os legumes ou as frutas que você compra? Para os clientes dos Supermercados Languiru, a resposta está na etiqueta presente em alguns produtos de hortifrutigranjeiros com a marca “Direto da Horta”. Ela traz todas as informações da origem do produto, além de garantir a sua qualidade. Tudo isso graças ao Programa de Inclusão Social e Produtiva no Campo, por meio de ações de rastreabilidade e boas práticas agrícolas na produção de hortifrutigranjeiros, desenvolvido pela Cooperativa Languiru junto aos seus associados.
O técnico Geferson Reis explica que a rastreabilidade consiste numa lei criada pelo Ministério da Agricultura e Anvisa, que orienta o processo de rotulagem do produto, contendo toda sua origem, desde a plantação até a chegada ao consumidor. A etiqueta que traz a rastreabilidade contém o nome do produtor e do produto, endereço completo, a localização geográfica da propriedade, lote, data da embalagem, peso e inscrição estadual. Além disso, garante a qualidade, isso porque a lei faz algumas exigências ao produtor. A principal delas é o preenchimento do caderno de campo, onde são registrados todos os passos da produção.
Nova opção
Na propriedade de Dalvani Elias Fensterseifer (42), de Linha Boa Vista Fundos, em Teutônia, a renda dependia exclusivamente da produção de leite. Com o Programa de Inclusão Social e Produtiva no Campo, desenvolvido pela Languiru com o apoio da Emater e parceiros, agora ele tem outra opção: planta salsinha e cebolinha para abastecer os Supermercados Languiru, tudo com acompanhamento técnico.
O programa existe desde 2017. Antes, já havia agricultores que produziam hortifrutigranjeiros, porém não entregavam a produção com regularidade. Hoje é feita a organização de demandas do supermercado e a orientação dos agricultores. Já são 39 propriedades que abastecem os supermercados da cooperativa, valorizando a produção local.
Para associados como Fensterseifer, os hortifrutigranjeiros auxiliam na sustentabilidade da propriedade. Com a entrada da rastreabilidade, ele destaca a segurança para produzir seus temperos. “É uma garantia de que enquanto estivermos com tudo certo, a Languiru vai comprar da gente”, salienta.
Para o associado, o principal desafio foi a parte burocrática. “Cada produto é um registro. A cebolinha é um, a salsa é outro”, explica, valorizando as orientações da Languiru e o apoio da Emater. Na prática, Fensterseifer aponta que o maior desafio, hoje, é a mão de obra.
Benefício para todos
O técnico da Languiru elenca benefícios da rastreabilidade para todos os envolvidos na cadeia de hortifrutigranjeiros. Para o produtor, destaca o incentivo à gestão da propriedade, já que a rastreabilidade exige um controle maior da produção. Além disso, valoriza os produtores que produzem da maneira correta, uma vez que a fiscalização deve coibir quem não se utiliza das boas práticas e faz uso incorreto de determinados produtos. Paralelamente a isso, a opção produtiva também pode refletir no processo de sucessão rural.
Para os supermercados, Reis aponta o abastecimento das demandas e a certeza da segurança dos alimentos oferecidos. Mais que isso, a proximidade com as propriedades faz com que os produtos cheguem mais frescos às unidades da Languiru. Já para o consumidor, o benefício está em poder escolher um produto rastreado e seguro.
Mais informações
A lei que define a rastreabilidade foi criada no dia 07 de fevereiro de 2018 e entrou em vigor em âmbito de fiscalização em agosto de 2019. A partir dessa data, diferentes produtos frescos estão sujeitos à fiscalização (consulte a Instrução Normativa Conjunta no. 02). Mais informações podem ser obtidas com o técnico Diego Lagemann. Contatos pelo fone (51) 99531-5682.