Em reunião de trabalho coordenada pela deputada federal Maria do Rosário no sábado, dia 7, na Secretaria de Educação de Lajeado, lideranças do Vale do Taquari saíram na esperança de que a solução está próxima de ser tomada.
A deputada veio à região e promoveu a reunião representando o grupo de parlamentares gaúchos do Congresso que vem ajudando na solução da pendência.
Dando seqüência à reunião que ocorreu na quinta-feira, dia 5, em Brasília, foi possível mostrar à deputada que há meios de assegurar os direitos dos indígenas para que eles não sejam afetados pelas obras de duplicação da BR-386 (trecho Estrela/Tabaí). A aldeia caingangue ocupava parte marginal do trecho de 1,8 km ainda não liberados pela Fundação Nacional do Índio (Funai), no acesso ao município de Bom Retiro do Sul.
Ao mesmo tempo, a delegada regional de Ensino, Marisa Bastos demonstrou a operação montada e que está assegurando pleno e contínuo acesso das crianças caingangues ao ensino, inclusive em sua língua nativa.
Modelo de ação
Segundo a deputada Maria do Rosário, “fica claro que há toda uma preocupação com o bem estar deste grupo minoritário de indígenas, de uma maneira que deveríamos mostrar à outras regiões como um modelo de ação comunitária a ser seguido”. Sugeriu que o próximo passo seja uma reunião com o Ministério Público Federal local a fim de ouvi-lo a respeito e, na sequência, a vinda de representantes da Funai, possivelmente em agosto, para a possível solução final da pendência.
Para o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e prefeito de Arroio do Meio, Sidnei Eckert, “o resultado a que chegamos mostra que toda concentração de esforços que houve neste ano está sendo validado”. “A conjugação de esforços das nossas entidades regionais, com o decisivo apoio de políticos hoje aqui representados pela deputada, deixará um legado precioso à infraestrutura rodoviária da região e do estado”, adianta Eckert.
Compreensão
Para o diretor da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), Oreno Ardêmio Heineck, “não teria porque ficarmos com um gargalo de 1,8 km na duplicação da BR de forma imotivada, uma vez que os direitos e bem estar dos indígenas estariam assegurados, sob o acompanhamento do Ministério Público Federal”. “Ficamos felizes com a Funai por estar mostrando compreensão com a interlocução das nossas entidades regionais e nossos representantes políticos”, acrescentou.
Além de Maria do Rosário, Marisa Bastos, Eckert e Heineck, também participaram da reunião o prefeito de Lajeado, Luís Fernando Schmidt; os vice-prefeitos de Venâncio Aires e Arroio do Meio, respectivamente Giovane Wickert e Áureo Scherer; o vice-presidente e o diretor da CIC-VT, respectivamente Henrique Purper e Leandro Eckert; as secretárias de Educação de Arroio do Meio e Lajeado, Eluise Hammes e Eloede Maria Conzatti.