Lideranças regionais precisarão pressionar deputados federais gaúchos para inclusão do trecho no próximo orçamento. Serão necessários cerca de R$ 40 milhões para conclusão da obra. Passará pelo Congresso Nacional a luta pela retomada das obras de duplicação da BR-386. Na tarde de ontem, uma comitiva da região esteve reunida com a superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para discutir a situação. A resposta? O projeto terá que ser incluído no orçamento da União para 2017.
Para que isso ocorra, as lideranças políticas do Vale do Taquari precisarão pressionar os deputados federais gaúchos para que façam uma força-tarefa e lutem pela inclusão do trecho no orçamento do próximo ano. A expectativa é de que sejam necessários quase R$ 40 milhões para a conclusão da obra.
“Com R$ 20 milhões podem terminar o asfalto. Mas precisaria, também, de uma rotatória em Teutônia, onde liga com a fábrica da Languiru, e outros acessos ao longo da rodovia. Tudo ficaria em quase R$ 40 milhões”, explica o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari, Sérgio Marasca.
Segundo o prefeito Sidnei Eckert, de Arroio do Meio, que também participou do encontro, o deputado federal Alceu Moreira esteve representado por um assessor, com o compromisso de que ajudará a mobilizar os demais deputados. “As lideranças devem se manifestar junto aos seus deputados federais, aos deputados que representam o Vale, para que aprovem, no próximo orçamento, os recursos para esta obra.”
Marasca conta que dois técnicos do Dnit de Brasília visitaram a região na semana passada e verificaram que não há mais o impedimento da aldeia para a continuidade do trabalho. “Como eles viram que está tudo certo, deve facilitar a liberação de recursos”, acredita.
Saiba mais
A duplicação da BR-386 teve início em 2010. Orçada inicialmente em R$ 150 milhões, compreende um trecho de 33,4 quilômetros entre Estrela e Tabaí, e deveria ter sido concluída em novembro de 2013. Entre 2011 e 2014, porém, impasses entre a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Dnit fizeram com que a obra fosse paralisada diversas vezes.
O problema foi resolvido em agosto do ano passado, com a realocação das famílias indígenas que moravam à margem da rodovia para uma nova aldeia, nos fundos da antiga. Porém, não há recursos previstos para arcar com a continuidade da obra nos nove quilômetros restantes. A expectativa é de que, ao final da duplicação, o trecho tenha custado mais de R$ 180 milhões.