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Reunião da CIC-VT ocorreu em Teutônia e integrou programação da Festa de Maio 2014 (Foto: Leandro Augusto Hamester)

Eficiência energética e duplicação da BR-386 pautam reunião da CIC-VT

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Na tarde da última quinta-feira, dia 22, a programação da Festa de Maio 2014 contou com reunião da CIC Vale do Taquari. O encontro ocorreu no Auditório 01 da CIC Teutônia e antecedeu a abertura oficial do evento que comemora os 33 anos de Teutônia.

Por ocasião das festividades do município, a abertura da reunião de trabalho, conduzida pelo presidente da CIC-VT, Ito Lanius, teve a presença do vice-prefeito de Teutônia, Evandro Biondo, e do presidente da comissão organizadora da Festa de Maio, secretário de Cultura e Turismo, Ariberto Magedanz.

Biondo e Magedanz enalteceram a importância das entidades empresariais para seus municípios e região, destacando a parceria da Municipalidade com a CIC Teutônia, citando como exemplo a Festa de Maio, que conta com o envolvimento direto da entidade local. “Teutônia valoriza e sabe da importância dos seus empresários. É por meio do seu trabalho que temos recursos que fortalecem o alicerce da nossa economia”, frisou o vice-prefeito.

O presidente da CIC Teutônia, Waldir Piccinini, anfitrião do evento, igualmente agradeceu a presença de todos. “Estamos felizes em poder contribuir com a organização da Festa de Maio e ter a participação de vocês no encontro da nossa entidade regional, aproveitando a estrutura que a CIC Teutônia oferece.” Em seguida, Lanius sugeriu minuto de silêncio em homenagem ao empreendedor e contador lajeadense, Paulo Hoppe, falecido recentemente.

Inovação industrial

O primeiro assunto em pauta tratou do Projeto de Extensão Produtiva e Inovação, apresentado por representantes da Univates e AGDI. A iniciativa busca fomentar a inovação das indústrias do Vale do Taquari, oferecendo suporte gerencial e ferramentas de gestão organizacional. O foco são as indústrias e agroindústrias, que terão o apoio de extensionistas do projeto.

Duplicação da BR-386

Lanius também falou da viagem à Brasília para entrega de dossiê da duplicação da BR-386, especificamente quanto aos dois quilômetros que ainda dependem de aval da Funai para serem executados. “Sequer são dois quilômetros, são 1800 metros. A ida à capital federal foi válida, mas não posso dizer que temos a solução. Não ficou nada definido”, adiantou, referindo-se a audiências com o vice-presidente Michel Temer e o senador Paulo Paim. “Existe a pressão para que a Funai e o DNIT se reúnam para tentar ajustar algo mais objetivo, percebe-se que as autoridades querem uma solução, mas a excessiva burocracia brasileira está nos impedindo de seguir adiante”, acrescentou.

Na oportunidade o grupo sugeriu novo protesto, com a instalação de placas no trecho não duplicado, apontando “incompetência e burocracia” como principais entraves da obra.

Sobre o assunto, Piccinini lembrou cronograma das obras, apresentado em reuniões anteriores. “Um dos motivos pelos quais a duplicação não tem seguimento neste trecho são os atrasos nas obras da nova estrutura para os indígenas. Tenho a convicção de que enquanto essas obras não estiverem pelo menos 80% concluídas, não haverá liberação para a duplicação desses dois quilômetros. O DNIT precisa cumprir com o seu papel, caso contrário não teremos avanço, independente de novas estratégias de pressão.”

O assunto seguiu em debate e deve retornar à pauta da CIC-VT no próximo encontro, a ser realizado em Encantado, durante a Suinofest.

Bandeira regional: eficiência energética

Um dos assuntos mais amplos da reunião tratou da definição de linhas de ação da CIC-VT para os próximos dois anos. Nesse ponto, além da questão relativa à duplicação da BR-386 e de investimentos em formação de mão-de-obra qualificada, foi discutida a necessidade de investimentos em energia para atender a demanda energética regional.

“Nosso grande objetivo é trabalhar para a recuperação do PIB do Vale do Taquari. Tomando por base dados de 2011, quando a região representava 4% do PIB do Estado, hoje perdemos cerca de 1%. Entre outros fatores que levam a isso, está a desindustrialização, com o país exportando matéria-prima e importando produtos manufaturados, e isso vai contra as indústrias, que alavancam a economia, sem tirar a importância do comércio e dos serviços para a nossa região”, afirmou Lanius.

Nesse contexto, a eficiência energética recebe importância fundamental. Para tratar sobre o assunto, o presidente da Certel e da Certel Energia, Erineo Hennemann, acompanhado do diretor da área de geração de energia da cooperativa, Júlio Salecker, e do gerente comercial da Certel Energia, Ernani Mallmann, reafirmaram o potencial energético, em especial hidrelétrico, do Vale do Taquari.

“Parabéns à CIC regional por defender esta bandeira da energia elétrica. Contamos com um Vale rico, e um dos diferenciais é que possuímos uma grande riqueza na área de geração de energia que, no entanto, não está sendo aproveitada. Como sociedade, precisamos inserir essa questão nas discussões, buscando agilidade, uma vez que a energia é primordial para o desenvolvimento socioeconômico. Nesse contexto a Certel é parceira para buscar a solução para a energia elétrica no Vale do Taquari, insumo que continua sendo indispensável para o desenvolvimento regional”, disse Hennemann.

Na sequência, Salecker e Mallmann apresentaram dados técnicos quanto ao potencial hidrelétrico da região, frisando que toda energia que não é gerada aqui, precisa ser comprada de fora. Para eles, o Vale do Taquari, historicamente, é gerador de energia.

Além de três hidrelétricas da Certel em operação na região, Salecker falou do potencial hidrelétrico na eclusa de Bom Retiro do Sul, além do aproveitamento de energia eólica nos morros de Linha Harmonia, em Teutônia. “O local em Linha Harmonia oferece capacidade de geração de 16MW, considerando que cada MW atende perfeitamente a demanda de três mil pessoas”, explicou Salecker.

Paralelamente a isso, Mallmann ainda falou do uso racional de energia, eficiência dos aparelhos eletrônicos e adequações das estruturas arquitetônicas para economia de energia. “O Brasil precisa aproveitar todas as fontes de energia disponíveis”, defendeu.

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