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Na 45ª Expointer associados à Dália conquistam prêmio de referência na Qualidade do Leite

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O reconhecimento por conquistar uma premiação sempre motiva o ganhador, ainda mais quando se trata da Expointer. Foi o que ocorreu com a família Balerini da Agropecuária Nova Esperança de Vespasiano Corrêa e associada à Cooperativa Dália Alimentos, que conquistou a terceira colocação na categoria Qualidade do Leite, durante o primeiro prêmio Referência Leiteira do evento.


Junto aos dados que foram coletados desde o ano passado pela Emater/RS-Ascar, a comissão avaliadora considerou: índices qualitativos do leite como a Contagem de Células Somáticas (CCS), Contagem Bacteriana Total (CBT) e toda a área que é utilizada para a produção láctea. “Ficamos bem surpresos. Nunca fizemos o manejo pensando na premiação. Essa é a nossa forma de trabalhar no dia a dia e percebemos que fazendo aquilo que consideramos certo, já é motivo para destaque”, conta o produtor associado Fabrício Balerini. 

Fabrício confessa que inscreveram a propriedade sem maiores expectativas. “Nunca tínhamos participado. A premiação é o reconhecimento principalmente em termos de equipe. Mas a grande mensagem do prêmio é que a qualidade que estamos alcançando e entregando para a indústria é um produto adequado.”

Início

A história da família na produção leiteira iniciou há 40 anos. Fabrício lembra que tudo começou com seus pais Selvi e Marlene e seus tios, o casal Vitelmo e Inês. “Na realidade são duas famílias na atividade”. Atualmente trabalham cinco filhos, Leonir, Andreia e Andreza que são filhos de Vitelmo e Inês, já Fábio e Fabrício são filhos de Selvi e Marlene.

“Nos anos 80 a renda principal da família era o fumo. Neste mesmo período houve uma mudança no rebanho e nos anos 2000 construímos uma estrutura de sistema Free Stall, que consiste no confinamento do rebanho com camas individualizadas.”  

Sucessão

A fase de sucessão familiar iniciou em 2016, quando os filhos foram retornando para a propriedade. “Passamos a identificar características que melhoram a eficiência, começando pela gestão, seguindo para o sistema, a otimização da estrutura e os ajustes no manejo.”

Atualmente são cem vacas em lactação, sendo que o rebanho totaliza 240 animais. “A média no rebanho chega a 42 litros/animal e, portanto, nossa produção diária é de 4.200 litros.” 

Qualidade

A família integra os dois programas da Dália: Leite Saudável atrelado à qualidade do leite e Vale dos Lácteos, que trabalha na reprodução do rebanho. O associado explica que a qualidade do leite e a rentabilidade são fatores interligados. “A qualidade interfere na rentabilidade e, então, dificilmente se consegue ser eficiente e rentável se há problemas no manejo, como a higienização do ambiente. Um exemplo claro é em relação à mastite, cuja ocorrência afeta a qualidade do leite e influência na média de produção do animal.”

Portanto, para o produtor, a qualidade do leite significa maior eficiência, ou seja, o animal sadio produz mais leite, contrai menos doenças, emprenha mais fácil, evita o contágio no rebanho e permanece com a escala adequada do CCS (menos de 500 mil) e CBT (menos de 300 mil).

Evitar a sujeira

“O CBT está diretamente ligado ao manejo, pois se trata da higienização. Esse índice foi um grande problema nosso por causa da mastite, mas hoje conseguimos manter o nível abaixo dos 10 mil.”

Para Fabrício, as questões de higiene se referem desde a cama, onde o rebanho permanece deitado, a ordenha até o manejo em geral. “A cama deve ser seca e limpa, assim, a incidência de mastite será menor. O ideal é que a vaca chegue na sala de ordenha com o úbere limpo e para isso, em relação à limpeza, o mais importante é manter o ambiente higienizado.”

Conforme o produtor, quanto mais limpo estiver o úbere, menos tempo necessitará para a desinfecção no momento da ordenha. “Isso é ganhar tempo, eficiência e evitar os riscos de contaminação.”

Fabrício ainda comenta que a melhor forma de trabalho na atividade leiteira é fazer o básico em relação à higiene. “Não podemos confiar totalmente nos produtos para esterilização, pois qualquer produto, por mais que seja eficiente, não é milagroso. É necessário fazermos a nossa parte primeiro.”

Ordenha três vezes ao dia

“Observamos alguns benefícios como rentabilidade e o bem estar animal”, detalha. O bovinocultor explica que desde o mês de agosto a família tem ordenhado três vezes ao dia, nos horários das 7h, 15h e 23h. “Isso estimula a produção do animal, alivia a pressão do úbere e evita a mastite. Se o intervalo da ordenha for muito grande isso se torna um limitante de produção, pois o organismo do animal entende ser o suficiente e não estimula a produção.”

Tecnologia + a nossa parte

“Hoje a atividade leiteira requer cuidados em muitos detalhes, incluindo o ciclo da terneira até o desenvolvimento de gado adulto.”

Por isso, há um ano, a família investiu em coleiras de monitoramento e por meio de um sensor, é possível averiguar os detalhes da rotina de todo o rebanho. “A coleira nos ajuda a perceber se as atividades do gado, como ruminação e sua movimentação estão normais. Geralmente, quando foge do padrão, há algo de errado, podendo ser uma enfermidade.”  

Cada propriedade tem suas particularidades

“No nosso caso, é uma ferramenta que auxilia, mas não quer dizer que cada propriedade deva ter este tipo de tecnologia.” Para Fabrício, cada propriedade tem suas peculiaridades e suas demandas específicas. Ele reitera queas tecnologias podem ser vantajosas, mas o produtor deve saber o momento de investir. “A primeira análise é se a tecnologia se paga. Outro fator é se o equipamento se encaixa com a demanda da propriedade. Por exemplo, hoje estamos com alta produção e mesmo assim, ainda não enxergamos vantagens em adquirir um robô”, contextualiza.

Agropecuária Nova Esperança

Esse é o nome fantasia que a família escolheu para nomear a propriedade. “Primeiro motivo é por estarmos na Linha Esperança. Além disso, antigamente esse era o nome do município que hoje é Vespasiano Corrêa e ainda, esse nome remete a muitas coisas boas.”

Assessoria de imprensa Dália

CIC Vale do Taquari

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