Primeiro a estiagem, depois a pandemia e, por último, a enchente histórica. O ano de 2020 tem sido marcado por episódios que causam prejuízos consideráveis à comunidade do Vale do Taquari. E é nesse cenário desafiador que o associativismo se fortalece, conforme entendimento da vice-presidente da ACI-E, Maria Cristina Castoldi. “Essas dificuldades enfrentadas pelas empresas e pela comunidade fizeram com que ficasse mais aparente a importância e a força do associativismo no nosso meio e o quanto reunir forças e enfrentar juntos está sendo primordial para amenizar o impacto gerado por esses acontecimentos”, comenta Maria Cristina. “O momento que vivenciamos trouxe consigo também a condição de pararmos, refletirmos, repensarmos e compreendermos que ações cooperadas e coletivas em prol de objetivos comuns fornecem condições de vida mais apropriada para todos”.
A empresária tem a convicção que o associativismo pode dar um norte diferente aos enfrentamentos vivenciados em diferentes âmbitos, seja no social, cultural, político e econômico. “E o momento é oportuno para isso: trabalhar em conjunto, com princípios e valores, confiança mútua, honestidade, buscando promover o bem comum e o desenvolvimento socioeconômico, contribuindo ativamente na construção de políticas públicas que melhorem o bem-estar da sociedade por meio de um ambiente de negócio saudável. Isso vai acontecer, ou melhor, já está acontecendo”, salienta.
Nesse sentido, o associado também tem papel decisivo, na visão de Maria Cristina. “As entidades precisam do envolvimento e da participação dos associados, dos líderes empresariais e da sociedade para ficarem fortalecidas e organizadas, para encontrarem soluções para todas as adversidades, sobretudo, essas que estamos vivendo nesse ano, que pegaram todos de surpresa”, acrescenta.
Pensamento semelhante tem o presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), Ivandro Carlos Rosa. Ele cita o Comitê Regional de Crise que foi criado em meio à pandemia com o objetivo de buscar soluções coletivas. O grupo contou com a adesão do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat) e da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat). “Para que as coisas se resolvam é necessário um enfrentamento planejado, que ataque todos os setores. Ou seja, as nossas ações têm sido transversais, não pensando somente na parte comercial, mas também no aparato de acesso das pessoas à saúde”, explica.
Para Rosa, as entidades sairão fortalecidas da crise, por estarem sempre buscando o aprimoramento da comunidade em que estão inseridas. “Isso vai fazer toda a diferença quando estivermos com condições de trabalhar com normalidade no pós-pandemia”, diz, ao mesmo tempo em que destaca o engajamento dos empresários e o comprometimento deles com o coletivo e a busca de soluções para superar a crise. “Penso que no ano de 2020 ainda será possível termos muitas coisas positivas acontecendo. E 2021, sem dúvida, será um ano muito melhor para todos nós”, projeta.